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By Ferramentas Blog

terça-feira, 15 de abril de 2014

Monica Seles

O Furacão!

Jim Warren "Acima das nuvens"

Monica Seles fez crescer em mim um sentimento de amor/ódio quando ela apareceu. O seu estilo de jogo estava bem longe do estilo clássico que eu gostava de ver no ténis feminino. A suas jogadas a duas mãos dos dois lados eram uma prova de força e de pujança inigualável, mas, que eu não apreciava. Parecia que já não era preciso pensar para jogar ténis!
Sei hoje que não era bem assim... Ela tinha, quando jogava, uma capacidade de atacar todas as jogadas e uma força de vontade enorme. Conseguia jogar a bola muito cedo e quase sempre em cima da linha de fundo do campo, ou mesmo dentro do campo.

Monica Seles

Lembro-me de a ver jogar no central de Roland Garros, com 15 anos apenas, em 1989. Ela entrou com uma abordagem completamente diferente das outras jogadoras, visto que, quando ela apareceu no campo, vinha com umas flores na mão e um sorriso radiante de felicidade: não estávamos habituados a isso! Era mais comum as jogadores andarem de tal forma concentradas que parecia que estavam (sempre) de "Trombas!" (se me faço entender)

Chegou às meias finais em 1989 em Roland Garros, com apenas15 anos, o que para muitos, prenunciava uma grande carreira.


Foi preciso um ano para ela ganhar o seu primeiro título do Grand-Slam em Roland Garros, outra vez contra Steffi Graf, mas agora, com 16 anos.
Foi uma "Grande" Seles que ganhou essa final. Pela primeira vez, vi uma Steffi Graf atrasada entre asjogadas e não conseguir chegar a tempo às bolas. Depois dessa primeira vitória seguiram-se muitas e Monica marcava o mundo do ténis como Nº 1 mundial. Ganhou quase todos os torneios maiores, ficando apenas com o sabor amargo da sua final de Wimbledon em 1992, (única final que jogou em Wimbledon), que perdeu frente a... Steffi Graf, outra vez!

Podem ver aqui essa grande final!



Monica Seles foi uma Nº 1 muito convincente, até que, em 1993, sofreu o incidente mais chocante da história do ténis ao ser esfaqueada em pleno campo por um adepto de Steffi Graf. O ferimento foi nas costas o que dificultou a sua recuperação. Demorou dois anos a voltar e com muito trabalho ganha o seu derradeiro Grand-Slam no Australian-Open em 1996 frente a Anke Huber.

Uma Grande Campeã!

Os seus resultados:
Australian-Open: 1991;1992;1993;1996.
Roland Garros: 1990;1991;1992.
Wimbeldon: Final em 1992.
U-S-Open: 1991;1992.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Thomas Muster

"O Animal!"



A terra Batida era dele muito antes de ser de Rafael Nadal!
Aliás, os seu melhores resultados foram conseguidos nessa superfície. O seu único titulo  do Grand-Slam foi Roland Garros em 1995 frente à Michael Chang.


A sua determinação era tal que os seus colegas lhe deram a alcunha de "O Animal". Em 2008 numa entrevista à "Revista Tênis" do Brasil o repórter perguntou-lhe o porquê da escolha dessa alcunha para o definir e ele respondeu:

"Não faço idéia... Talvez porque tenha treinado muito, talvez porque sempre fui muito duro comigo mesmo. Era capaz de suportar muita dor, talvez seja por isso... Mas, na minha época, as pessoas odiavam jogar comigo porque sabiam que eu correria por um longo tempo, que não cederia nada, que eles teriam que fazer cada ponto. Não sei... A maneira como treinava, o tempo que passava na quadra para superar problemas técnicos. Ou talvez por não ser tão talentoso quanto os outros e apenas trabalhar duro. Talvez seja por isso... Não sei por que me deram esse apelido (risos)."

http://revistatenis.uol.com.br/artigo/thomas-muster_1094.html



Ele era capaz de jogar horas a fio a bola para o outro lado da rede, era a sua maneira de cansar quem estava à sua frente. O seu movimento de direita era extremamente "liftado", um pouco à imagem do movimento da direita de Nadal hoje, que como ele é esquerdino. A sua pega era extrema à direita e tinha uma esquerda à uma mão.

Gostava da sua maneira de ser. Era muito forte por fora, mais tinha  uma nota de vulnerabilidade por dentro.
Gritava sempre que jogava a bola e quando lhe perguntaram porquê que os seus gritos eram cada vez mais fortes? Ele respondeu com um pouco de humor, que era porque estava há muito tempo longe da sua namorada.

Thomas Muster era um combatente, uma força da natureza. Em 1989, quando tinha 22 anos foi atropelado por um carro conduzido por um condutor embriagado. Ele  fez de tudo para voltar para os campos em forma. Até treinou com a perna toda engessada!






Ele não queria perder o seu "feeling" no batimento na bola e o seu "braço" que estava super treinado. Se tivesse parado por completo a sua recuperação teria sido mais demorada e nessa altura ele estava em ascensão na sua carreira.
Jogadores como ele tem de trabalhar muito para serem bem sucedidos. E quando isso acontece vem os resultados. Ele ganhou o seu único Grand-Slam em Roland Garros frente à Michael Chang em 1995, com 28 anos. Atingiu o 1º lugar do Ranking mundial ATP em 1996, mas por pouco tempo.


domingo, 24 de março de 2013

Arantxa Sanchez-Vicário

A pequena grande jogadora!

Mas que grande jogadora! Mesmo se é de estatura pequena  quando comparada com as suas adversárias. Ela tem mais uns 6/7 centímetros do que eu e mesmo assim é pequena em relação às jogadoras de ténis.
Arantxa foi (e é) uma jogadora espanhola que chegou ao circuito profissional oriunda de uma família de tenistas: e que tenistas!  Emílio  e Javier Sanchez. Não se pode falar dela sem se falar deles e das pernas de Emílio e da fisionomia  de Javier, e de tudo o que os envolvia como família. Amores de adolescente quando tinha borbulhas na cara, tive alguns que já foram relatados neste blogue,  mas estes dois irmãos davam volta à minha cabeça... À minha e a das minhas irmãs. Nada de especial diriam alguns. Eles tinham tudo o que uma menina adolescente, apaixonada pelo ténis esperava: uns corpos e un jogo de sonho. A musculatura das pernas por exemplo: a saliência das coxas eram e são de uma beleza incomparável para mim e Emílio tinha umas pernas trabalhadas e imponentes. Javier era mais esguio mas gostava da carinha dele.
O ténis é um desporto físico, muito físico,  belo no movimento e na inteligência da decisão da jogada.

Podia mudar o título  desta mensagem  para: "O Clan Sanchez!", mas, como ela foi a única dos três a ganhar 4 torneios do Grand-Slam e a atingir o 1º lugar do ranking mundial em singular, decidi incidir mais sobre ela.
Não obstante o espaço merecido dos seus irmãos no meu coração e na história do ténis.
Emílio foi mais constante que Javier e foi um jogador mais premiado. Era um especialista da terra batida como muitos jogadores espanhóis. Fui vê-lo jogar várias vezes em Roland Garros quando morava em França. Tal como a irmã não era muito alto e ele tinha uma esquerda cortada mortífera para os seus adversários. O seu melhor ranking foi nº7 em 1990 e conquistou o 1º lugar no ranking de pares em 1989.


Javier era mais novo que Emílio. Conquistou menos títulos e chegou a ter como melhor ranking mundial o nº 23 em 1994. Também foi um excelente jogador de pares mas só conseguiu atingir o nº 9 do ranking mundial.
Toda a família dedicava-se ao ténis.



Arantxa foi a mais premiada da família. Conquistou 4 títulos do Grand-Slam: 3 em Roland-Garros em França e 1 no Open dos Estados Unidos. Foi finalista em Wimbledon e no Autralian-Open por 2 vezes e chegou a ser nº 1 do ranking mundial de singulares e de pares no ano de 1995.

De todas as minhas lembrança: o jogo mais memorável foi a sua 1ª vitória num Grand-Slam. ( Primeira vitória de uma jogadora espanhola). Ela jogava a final contra a nº1 da altura: Steffi Graf. Durante todo o jogo eu só pensava:"Mas quem é esta jovem que está a importunar a Super-Steffi do momento?" Ela lutou o jogo todo e venceu merecidamente.



Neste vídeo Steffi ganha o 2º set mas perde na última partida. O seu jogo agressivo baseado na sua grande direita, e no seu jogo de pés, não surtiu o efeito desestabilizante que normalmente surtia. Arantxa jogou o que sabia e o que não sabia para ganhar o jogo. Foi uma lufada de ar fresco, para quem estava farto da dominação de Steffi no ténis, a sua juventude e a sua ingenuidade conquistaram e contagiaram o público. Ela não mostrou respeito nenhum frente ao símbolo do ténis que estava a jogar à sua frente. Ganhou com paciência num jogo muito bem preparado tacticamente.

A terra batida era o piso onde Arantxa estava melhor preparada, mas como a maior parte dos jogadores espanhóis ela teve de  trabalhar o seu jogo de ataque para ter um jogo mais versátil: mais adaptado a todos os pisos.



Grande jogo de pares!

Por fim conseguiu ser uma jogadora mais completa e os seus resultados em piso rápido, como em pares são prova disto.  Esta pequena grande jogadora conseguiu atingir uns resultados surpreendentes, ela teve de trabalhar muito para evoluir e mudar a sua forma de jogar. Ela conseguiu um espaço importante na história do ténis feminino.
Hoje continua ligada ao ténis e conquistou como capitã a taça da Fed-Cup, equivalente à taça Davis mas no feminino, no ano de 2012.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pete Sampras

A minha grande paixão!

Só de ler o seu nome, sinto algo de forte na minha memória... (Nunca mais chegava a sua vez)

Uma grande paixão! O meu campeão em todos os níveis tal como Edberg mas de uma forma diferente... Um ídolo! Adorava vê-lo jogar e adorava a sua personalidade; era um "cool": " cool as a cucumber!". Cool, mas tinha algo de fogoso dentro dele, para querer dominar todos os seus adversários, conquistar tantos títulos e ficar na história, como um dos melhores jogadores de sempre, apenas ultrapassado por Federer.

Tal como Steffi Graf fazia-me sonhar... Ela era de um outro planeta e Sampras era um Deus no campo, um Deus da mitologia no seu esplendor!

Jogava como Federer, mas subia mais à rede durante o jogo. Como ele, também tinha este jogo fluído, sem esforço, desenvolto e desconcertante. Lembro-me com um sorriso do seu "Smacth", que ele fazia saltando, parecendo um macaco! E... No início da sua carreira, um jovem jogador ainda , estava, quase sempre, com a boca aberta e a língua de fora nos jogos. Isso suscitava algumas reclamações dos comentadores que rendidos ao seu jogo, diziam que essa atitude tirava-lhe um pouco de misticismo e de grandeza. Verdade era que fazia um pouco de impressão.



Adorava a sua temeridade, apoderava-se da rede em detrimento do seu adversário. Era talentoso em tudo o que fazia. Um jogador completo, atacante, não tinha pontos fracos,  mas destacava a sua direita e o seu serviço como pontos fortes. É por causa desse serviço que ficou conhecido como "Pistol Pete", tal ele era a sua eficiência, no 1º serviço como no 2º serviço.

Ele era um "Deus Grego" para mim, um "Apolo" um Deus do ténis. Foi interessante ver, que a marca de roupa, que ele usava no início da sua carreira, teve a idéia de estampar figuras greco- romanas de deporto, dessa altura, nos seus polos de ténis. Como ele é de descendência grega tudo se encaixava.

Por várias vezes jogava e sentia-se mal no campo mas nunca desistia!

Quero destacar um jogo que me impressionou: logo após a notícia do cancro, que veio ceifar a vida do seu treinador Tim Gullikson, Pete jogou o Australian Open e durante um jogo emocionou-se e chorou entre os pontos... Óbvio que para o seu adversário e amigo, Jim Courier, não deve ter sido fácil vê-lo chorar. Não é costume ver estes jogadores perderem a compostura durante um jogo, mas penso que percebemos todos o porquê dessa reacção muito humana, deste Deus do ténis. É mais normal vê-los a chorar depois de ganhar ou de perder uma final.



(Portanto o meu grande amor é o ténis, e graças a ele tenho a sorte de viver momentos inesquecíveis com campeões de grande gabarito, mas também com os meus alunos pequenos e grandes!)
Todos estes jogadores servem esta arte e deram a sua vida para isso e eu aproveito estes momentos de puro prazer!...
Mesmo assim, ainda hoje prefiro Sampras a Federer... São parecidos, Federer já ultrapassou alguns dos recordes de Sampras, já ganhou nos 4 torneios do Grand-Slam. Pete Sampras nunca ganhou em Roland Garros. Mas prefiro Sampras, é assim!

Pontos fantásticos!



Os seus resultados:
Australian Open: Vence em 1994 e 1997
Rolang-Garros: Meias-finais em 1996
Wimbledon: Vence em 1993, 1994, 1995, 1997, 1998, 1999 e 2000
U-S Open: Vence em 1990, 1993, 1995, 1996 e 2002.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Steffi Graf

Steffi Graf a "Super-Mulher" a "Super-Tenista!"

Neste dia, em que tive de voltar para casa mais cedo e tratar do que se pode tratar, decidi escrever sobre um dos meus ídolos; "ídolas" mas acho que não se diz!

Não escondo a ninguém que para mim ela é e será sempre a maior jogadora de todos os tempos... Já tinha escrito um longo parágrafo há dias atrás, mas como por maldade foi apagado por uma tecla do meu computador! O mais preocupante é que não sei qual foi! Como sou optimista vou tentando de novo, porque este blogue é feito para partilhar as minhas lembranças, as minhas emoções, falar dos meus ídolos e não podia não escrever sobre esta extraordinária campeã.

Vivi todo os seu percurso e hoje ainda gosto de saber o que ela pensa e escreve numa das redes sociais mais conhecidas...

Em 1987 jogou, pela primeira vez,  uma final do Grand-Slam, com apenas 17 anos, contra uma Navratilova que teve de dar tudo por tudo para não perder. Tentou impôr o seu jogo de ataque mas foram as esquerdas de Steffi Graf que lhe permitiram ganhar o jogo mais importante do encontro, no serviço de Martina, que Steffi "breakou" no 3º set e que lhe deu a vitória no seu 1º titulo maior. Aqui sentiu-se um prelúdio de uma grande carreira para todos os presentes...
"Enjoy the game!"



Que suspense!
E o mais incrível é, que neste mesmo ano, jogou as outras finais dos Grand-Slams, mas perdeu. Em Wimbledon contra a mesma Navratilova e contra Chris Evert no US-Open.

1988 foi o seu melhor ano, um ano que foi denominado só para ela, pois mais ninguém o fez, o "Golden Slam!" Ela ganhou os 4 torneios maiores e ganhou a medalha de ouro para o Alemanha, nos jogos olímpicos de Seoul, no ano em que o ténis voltou a ser modalidade oficial dos jogos olímpicos.



Foi o seu ano de ouro , mas teve muitos mais... A sua permanência no 1º lugar do ranking durou 377 semanas, entre Agosto de 1987 e Março de 1991. Perdeu o 1º lugar para Mónica Seles e retomou uns anos depois,( por causa), do atentado sofrido pela jogadora Serbia, que a afastou dos campos de ténis durante muitos anos. Um episódio muito triste para o ténis, terei oportunidade de falar mais em pormenor, quando falarei de Seles mais adiante...

Sim, ela fazia -me sonhar, não tirava os olhos da televisão quando jogava, e tive oportunidade de a ver jogar em Roland Garros, com Sabatini em pares num campo anexo, onde se podia ouvir as cordas a bater nas bolas, de tanto perto que estávamos.

Posso falar do palmarés invejável, dos 22 titulos de Grand-Slam, da sua autoridade no campo, do seu jogo de pés, da sua grande direita, mas prefiro falar do que eu senti e da forma como a via.

Deu uma valente lição de ténis à Natália Zvereva em 1988, ganhando a final em Roland-Garros 6/0-6/0. Os comentários da altura foram ambíguos; apesar de todos reconhecerem que ela estava a jogar nas nuvens e a Zvereva a sentir a pressão do momento, muitos perguntaram-se se ela não devia ter dado um jogo à Natália. Ora, na minha opinião, e vale o que vale, Steffi Graf foi um produto precoce, começou cedo, ganhou muitos prémios ainda júnior, mas sobretudo era uma trabalhadora incansável. Estes campeões sentem e vivem o seu desporto de forma intensa, e não há dúvida que para alguns falhar, perder não é de todo o que se pretende. A concentração no jogo não lhes permite dar pontos de forma gratuita, sob pena de perderem essa mesma concentração. Vi-a e ainda vejo Steffi, como uma apaixonada pelo ténis, e deu muito da vida ( pessoal) dela para conseguir estes feitos matemáticos extraordinários.

Ganhou anos a fio o título de melhor atleta do ano. Fizeram um estudo sobre a intensidade e a forma dela se deslocar no campo e calcularam que se corresse os 400 metros de uma prova de atletismo, no jogos olímpicos, teria acabado a corrida no 4º lugar de uma final. Extraordinário para uma tenista.

O seu último título foi em Rolang-Garros contra Martina Hingins aos 30 anos, foi como um fechar um ciclo, uma carreira de ouro, para esta super-mulher.

Interessante também ver, que foi o ténis que lhe deu o amor e um marido, casou com Agassi com quem tem 2 filhos.

Esta é a minha homenagem! Merecida!



Os seus resultados:

Australian Open: Vence em 1988, 1989, 1990 e 1994
Roland-Garros: Vence em 1987, 1988, 1993, 1995, 1996 e 1999
Wimbledon: Vence em 1988, 1989, 1991, 1992, 1993, 1995, 1996
US-Open: vence em 1988, 1989, 1993, 1995, 1996

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

André Agassi

Vi o jogar no campo 2 em Roland Garros... Um campo pequeno onde se vê os jogadores e as jogadas de muito perto. Mais ou menos como o nosso campo nº1 no Estoril-Open, na proximidade. Eu estava nas bancadas perto dos jogadores.
Como todos perceberam, vivi em França durante muito anos, e aproveitei para ver estes antigos campeões ao vivo no maior torneio em terra-batida. Mas não se preocupem, também me interesso pelos novos campeões, quando se gosta deste desporto gosta-se sempre, (acho eu).

Ele surpreendeu toda a gente, quando apareceu, com a sua maneira de vestir: usava o cabelo comprido e pintado, brinco e calções a imitar a ganga. Pelo menos era  irreverente para a época. Todos os campeões masculinos, dos quais falei, até agora, tinham todos cabelo curto, alguns com barba por fazer, mas todos com uma aparência, diria eu, mais apresentável. Provavelmente era marketing de uma marca muito conhecida, mas não deixou de ser chocante para os puristas do ténis... Portanto, podemos falar em irreverência sim, mas muito cuidada. No entanto, o que realmente importa é a forma de jogar e o palmarés que jogadores, como ele, adquiriram ao longo da sua carreira profissional e Agassi foi um dos grandes campeões que ficarão para a história.

Mesmo se eu nunca me senti muito atraída por ele, eu sei que vão dizer que eu sou muito difícil, que não percebo nada, etc.... Mas vão perceber o porquê da minha falta de chama relativemente a ele, é que ele jogou na mesma altura do seu grande amigo e rival, que para mim era melhor jogador e claro que era por ele que eu torcia, estou a falar de Pete Sampras. A forma de jogar de Agassi, não era aliciante para os meus olhos, no fundo do campo a maior parte das vezes, mesmo se por magia, anticipava as jogava e batia na bola muito cedo. Ele tinha uma grande resposta ao serviço, conseguia ler o serviço do adversário de forma eficiente e saltava para a bola com agressividade... Isto faz-me lembrar a sua vitória na final de Wimbledon contra Ivanisevic: O serviço contra a resposta e ganhou a resposta, lê-se André Agassi.



Em italiano também é giro, último jogo até se sagrar campeão.

Foi um dos raro a ganhar todos os torneios do Grand-Slam, mas não no mesmo ano, o que é notável apenas o fizeram, nos homens: Fred Perry; Roy Emerson; André Agassi; Roger Federer; Rafaël Nadal. Nas mulheres: Doris Hart; Shirley Fry; Billie Jean King; Chris Evert; Serena Williams.
Já que estamos a falar de Grand-Slam vamos falar de quem ganhou os 4 na mesma temporada, o que é mais difícil ainda, homens e mulheres: Don Budge; Maureen Connelly; Rod Laver; Margaret Smith Court; Steffi Graf.

Já fizemos história, agora voltemos para o nosso querido Agassi.

Sim, querido, gostava da pessoa, mais do que a forma de jogar, era muito dado, simpático, e muito popular graças a isso. Casou com pessoas famosas. A 1ª mulher que o acompanhava de vez em quando nos torneios, era nem mais nem menos, que Brooke Shield, mas acabou por se divorciar. E depois casou com a uma das mais famosas jogadora de ténis, a Steffi Graf com quem tem 2 filhos, já lá vão 10 anos.

Lucrou muito com o ténis e fez muitos anúncios.



Aqui com Pete o eterno rival, no jogo e no meu coração...

Vou deixá-lo com a devida homenagem, que partilhei, no dia em que acabou a sua carreira profisional. Uma das mais longas...



Os seus resultados:
Australian Open: Vence em 1995; 2000; 2001; 2003
Roland-garros: Vence em 1999
Wimbledon: Vence em 1992
U-S-Open: Vence em 1994,1999
Nº 1 do Ranking Mundial em: 1995; 1999; 2003.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gabriela Sabatini

Decidi pôr a Gabriela Sabatini antes da Steffi Graff, porque quero amadurecer a chegada à melhor tenista de todos os tempos e inspirar-me na sua mais próxima rival e parceira de trabalho. É claro que não vi Susanne Leglen a jogar; ela foi uma grande campeã do início do século 20 e é claro que vivi mais o fim da carreira em singular de Navratilova. Mas, o que partilhei com a alemã, foi de tal forma sentido, que dificilmente haverá uma jogadora que me faça vibrar o que vibrei com ela...
(Tenho de parar de divagar! e voltar para a Argentina com a Gabriela Sabatini)
Ela jogou na mesma altura que Graf. Nasceram com um ano de diferença, e cresceram no ténis um pouco ao mesmo tempo. De certa forma Sabatini ajudou a criar o mito de Steffi. Foi graças a rivalidade entre elas e obviamente entre outras jogadoras, que se construiu uma campeã de uma outra dimensão, de um outro universo.
(Estou a divagar de novo..)
Mas é provável que Sabatini não teve uma carreira melhor porque a Steffi Graf se encontrava no seu caminho e também porque nessa altura o ténis feminino eram muito fértil, havia muitas jogadoras a  jogar muito bem.



No entanto, havia um campeonato onde a argentina superava a alemã com uma grande distância: o da beleza. Ela era considerada a mais bela jogadora do circuito profissional na época. Posso dizer que eu nunca partilhei essa opinião, para mim era uma boa jogadora e pronto. Steffi era a perfeição...
Achava-a gira é um facto, mas por exemplo, não gostava da largura dos seus ombros...( eu sei pormenores...) nem da maneira de ela andar ( até parece que eu ando melhor!...) enfim não era sensível à sua beleza quando ela jogava no circuito profissional. Hoje com os seus 40 anos, acho-a muito mais bonita..( Ver foto).  Ela, aliás, tornou-se uma empresária de sucesso, graças, justamente, à sua imagem e criou uma linha de perfumes que ainda hoje lhe rende milhões de dólares.

Vi a jogar varias vezes, e uma delas foi em pares com a Steffi em Roland Garros ( outra vez), elas eram na altura as vedetas do ténis feminino.



Os seus movimentos eram amplos e liftados como a maior parte dos jogadores argentinos, que aprendem a jogar na superfície de terra batida. Tinha uma bola pesada com um ressalto muito alto, e para o meu agrado possuía uma esquerda a uma mão ampla e profunda, cheia de efeito também.
Tinha uma maneira estranha de servir, lenta pesada, como todo o seu jogo, e posso dizer como toda a sua expressão corporal. O seu serviço fazia lembrar o de Novotna na utilização das pernas para dar impulsão de forma a ajudar a liftar a bola.




Os seus resultados:
Australian Open: SF em 1989, 1992, 1993 e 1994
Roland Garros: SF  em 1985, 1987, 1988, 1991, 1992
Wimbledon: Finalista em 1991
U-S-Open:Vence em 1990
Melhor ranking nº 3 em 1989