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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Steffi Graf

Steffi Graf a "Super-Mulher" a "Super-Tenista!"

Neste dia, em que tive de voltar para casa mais cedo e tratar do que se pode tratar, decidi escrever sobre um dos meus ídolos; "ídolas" mas acho que não se diz!

Não escondo a ninguém que para mim ela é e será sempre a maior jogadora de todos os tempos... Já tinha escrito um longo parágrafo há dias atrás, mas como por maldade foi apagado por uma tecla do meu computador! O mais preocupante é que não sei qual foi! Como sou optimista vou tentando de novo, porque este blogue é feito para partilhar as minhas lembranças, as minhas emoções, falar dos meus ídolos e não podia não escrever sobre esta extraordinária campeã.

Vivi todo os seu percurso e hoje ainda gosto de saber o que ela pensa e escreve numa das redes sociais mais conhecidas...

Em 1987 jogou, pela primeira vez,  uma final do Grand-Slam, com apenas 17 anos, contra uma Navratilova que teve de dar tudo por tudo para não perder. Tentou impôr o seu jogo de ataque mas foram as esquerdas de Steffi Graf que lhe permitiram ganhar o jogo mais importante do encontro, no serviço de Martina, que Steffi "breakou" no 3º set e que lhe deu a vitória no seu 1º titulo maior. Aqui sentiu-se um prelúdio de uma grande carreira para todos os presentes...
"Enjoy the game!"



Que suspense!
E o mais incrível é, que neste mesmo ano, jogou as outras finais dos Grand-Slams, mas perdeu. Em Wimbledon contra a mesma Navratilova e contra Chris Evert no US-Open.

1988 foi o seu melhor ano, um ano que foi denominado só para ela, pois mais ninguém o fez, o "Golden Slam!" Ela ganhou os 4 torneios maiores e ganhou a medalha de ouro para o Alemanha, nos jogos olímpicos de Seoul, no ano em que o ténis voltou a ser modalidade oficial dos jogos olímpicos.



Foi o seu ano de ouro , mas teve muitos mais... A sua permanência no 1º lugar do ranking durou 377 semanas, entre Agosto de 1987 e Março de 1991. Perdeu o 1º lugar para Mónica Seles e retomou uns anos depois,( por causa), do atentado sofrido pela jogadora Serbia, que a afastou dos campos de ténis durante muitos anos. Um episódio muito triste para o ténis, terei oportunidade de falar mais em pormenor, quando falarei de Seles mais adiante...

Sim, ela fazia -me sonhar, não tirava os olhos da televisão quando jogava, e tive oportunidade de a ver jogar em Roland Garros, com Sabatini em pares num campo anexo, onde se podia ouvir as cordas a bater nas bolas, de tanto perto que estávamos.

Posso falar do palmarés invejável, dos 22 titulos de Grand-Slam, da sua autoridade no campo, do seu jogo de pés, da sua grande direita, mas prefiro falar do que eu senti e da forma como a via.

Deu uma valente lição de ténis à Natália Zvereva em 1988, ganhando a final em Roland-Garros 6/0-6/0. Os comentários da altura foram ambíguos; apesar de todos reconhecerem que ela estava a jogar nas nuvens e a Zvereva a sentir a pressão do momento, muitos perguntaram-se se ela não devia ter dado um jogo à Natália. Ora, na minha opinião, e vale o que vale, Steffi Graf foi um produto precoce, começou cedo, ganhou muitos prémios ainda júnior, mas sobretudo era uma trabalhadora incansável. Estes campeões sentem e vivem o seu desporto de forma intensa, e não há dúvida que para alguns falhar, perder não é de todo o que se pretende. A concentração no jogo não lhes permite dar pontos de forma gratuita, sob pena de perderem essa mesma concentração. Vi-a e ainda vejo Steffi, como uma apaixonada pelo ténis, e deu muito da vida ( pessoal) dela para conseguir estes feitos matemáticos extraordinários.

Ganhou anos a fio o título de melhor atleta do ano. Fizeram um estudo sobre a intensidade e a forma dela se deslocar no campo e calcularam que se corresse os 400 metros de uma prova de atletismo, no jogos olímpicos, teria acabado a corrida no 4º lugar de uma final. Extraordinário para uma tenista.

O seu último título foi em Rolang-Garros contra Martina Hingins aos 30 anos, foi como um fechar um ciclo, uma carreira de ouro, para esta super-mulher.

Interessante também ver, que foi o ténis que lhe deu o amor e um marido, casou com Agassi com quem tem 2 filhos.

Esta é a minha homenagem! Merecida!



Os seus resultados:

Australian Open: Vence em 1988, 1989, 1990 e 1994
Roland-Garros: Vence em 1987, 1988, 1993, 1995, 1996 e 1999
Wimbledon: Vence em 1988, 1989, 1991, 1992, 1993, 1995, 1996
US-Open: vence em 1988, 1989, 1993, 1995, 1996

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