O meu príncipe!
Quando eu era mais nova... quando os computadores ainda eram básicos com aquele pequeno ecrã, joguei o meu 1º "Prince of Persia". Cheguei ao fim e salvei a princesa! O jogo durou umas boas horas, se não foi a tarde toda.
O "Meu" Stefan Edberg era como este príncipe, temerário, constante na sua missão ( táctica), corajoso, belo, felino e contornando todos os obstáculos.
Com a evolução, este príncipe, mais lindo e sofisticado do que neste tempo, podia salvar-me do meu sequestro "na procura da perfeição tenística". Era uma missão delicada, de encontrar a perfeição no tênis e estes grandes campeões, como ele, conseguiam produzi-la, uns mais que outros obviamente. Stefan Edberg tocou esta perfeição e elevou o ténis a um patamar de beleza e de prazer raramente visto.
Não posso negar que ele foi o meu tal!!! Mesmo com este tempo passado vê-lo jogar de novo é como reencontrar algo de saboroso, profundo, vivo... Ele era humilde, tímido, mas ao mesmo tempo seguro nas suas escolhas, foi ele que mudou a sua esquerda para uma esquerda a uma mão, o que era raro na escola sueca. Foi ele que decidiu jogar ao ataque, o que, também era raro nessa escola. Ou seja, ele contrariou o estabelecido e desenvolveu a táctica que iria servir o seu jogo, demonstrando um ímpeto dominador intrínseco, mas não espalhafatoso.
Vi-o jogar, no campo central de Roland-Garros e quando ele entrou fiquei pasmada... Uma coisa é vê-los na televisão outra é vê-los ao vivo e perto do campo. O meu bilhete dava acesso aos lugares logo depois dos camarotes, portanto, perto do central. Gritei algo e juro que ele sorriu. Como já disse não sou destas "groupies" malucas, ( acho eu), mas Stefan tinha um lugar privilegiado no meu coração e no meu quarto.
Gosto de me lembrar dele dessa forma, mas também gosto de mostrar o lado mais humano de um campeão. Eles são máquinas frias, feitas para ganhar. Por isso, quando algo os transforme em seres sensíveis, gosto de o partilhar. De certeza que estes jogos são os que eles gostariam não ter jogado, e certamente que não querem ser lembrados por isso. Mas é mais forte do que eu...
Edberg, também, sofreu nas mãos de Chang na final de Roland-Garros em 1989. Tal como, Lendl ele não conseguiu adaptar-se ao americano e desorientou-se completamente durante o jogo. Foi duro, para mim, assistir a esta partida.
Os seus resultados:
Australian Open: Vence em 1985 e 1987
Roland-Garros: Final em 1989
Wimbledon: Vence em 1988 e 1990
U-S Open: Vence em 1991 e 1992
Chegou a ser nº 1 do Ranking Mundial em 1990.
Para o nosso prazer...
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