Mas que grande jogadora! Mesmo se é de estatura pequena quando comparada com as suas adversárias. Ela tem mais uns 6/7 centímetros do que eu e mesmo assim é pequena em relação às jogadoras de ténis.
Arantxa foi (e é) uma jogadora espanhola que chegou ao circuito profissional oriunda de uma família de tenistas: e que tenistas! Emílio e Javier Sanchez. Não se pode falar dela sem se falar deles e das pernas de Emílio e da fisionomia de Javier, e de tudo o que os envolvia como família. Amores de adolescente quando tinha borbulhas na cara, tive alguns que já foram relatados neste blogue, mas estes dois irmãos davam volta à minha cabeça... À minha e a das minhas irmãs. Nada de especial diriam alguns. Eles tinham tudo o que uma menina adolescente, apaixonada pelo ténis esperava: uns corpos e un jogo de sonho. A musculatura das pernas por exemplo: a saliência das coxas eram e são de uma beleza incomparável para mim e Emílio tinha umas pernas trabalhadas e imponentes. Javier era mais esguio mas gostava da carinha dele.O ténis é um desporto físico, muito físico, belo no movimento e na inteligência da decisão da jogada.
Podia mudar o título desta mensagem para: "O Clan Sanchez!", mas, como ela foi a única dos três a ganhar 4 torneios do Grand-Slam e a atingir o 1º lugar do ranking mundial em singular, decidi incidir mais sobre ela.
Não obstante o espaço merecido dos seus irmãos no meu coração e na história do ténis.
Emílio foi mais constante que Javier e foi um jogador mais premiado. Era um especialista da terra batida como muitos jogadores espanhóis. Fui vê-lo jogar várias vezes em Roland Garros quando morava em França. Tal como a irmã não era muito alto e ele tinha uma esquerda cortada mortífera para os seus adversários. O seu melhor ranking foi nº7 em 1990 e conquistou o 1º lugar no ranking de pares em 1989.
Javier era mais novo que Emílio. Conquistou menos títulos e chegou a ter como melhor ranking mundial o nº 23 em 1994. Também foi um excelente jogador de pares mas só conseguiu atingir o nº 9 do ranking mundial.
Toda a família dedicava-se ao ténis.
Arantxa foi a mais premiada da família. Conquistou 4 títulos do Grand-Slam: 3 em Roland-Garros em França e 1 no Open dos Estados Unidos. Foi finalista em Wimbledon e no Autralian-Open por 2 vezes e chegou a ser nº 1 do ranking mundial de singulares e de pares no ano de 1995.
De todas as minhas lembrança: o jogo mais memorável foi a sua 1ª vitória num Grand-Slam. ( Primeira vitória de uma jogadora espanhola). Ela jogava a final contra a nº1 da altura: Steffi Graf. Durante todo o jogo eu só pensava:"Mas quem é esta jovem que está a importunar a Super-Steffi do momento?" Ela lutou o jogo todo e venceu merecidamente.
Neste vídeo Steffi ganha o 2º set mas perde na última partida. O seu jogo agressivo baseado na sua grande direita, e no seu jogo de pés, não surtiu o efeito desestabilizante que normalmente surtia. Arantxa jogou o que sabia e o que não sabia para ganhar o jogo. Foi uma lufada de ar fresco, para quem estava farto da dominação de Steffi no ténis, a sua juventude e a sua ingenuidade conquistaram e contagiaram o público. Ela não mostrou respeito nenhum frente ao símbolo do ténis que estava a jogar à sua frente. Ganhou com paciência num jogo muito bem preparado tacticamente.
A terra batida era o piso onde Arantxa estava melhor preparada, mas como a maior parte dos jogadores espanhóis ela teve de trabalhar o seu jogo de ataque para ter um jogo mais versátil: mais adaptado a todos os pisos.
Grande jogo de pares!
Por fim conseguiu ser uma jogadora mais completa e os seus resultados em piso rápido, como em pares são prova disto. Esta pequena grande jogadora conseguiu atingir uns resultados surpreendentes, ela teve de trabalhar muito para evoluir e mudar a sua forma de jogar. Ela conseguiu um espaço importante na história do ténis feminino.
Hoje continua ligada ao ténis e conquistou como capitã a taça da Fed-Cup, equivalente à taça Davis mas no feminino, no ano de 2012.