segunda-feira, 14 de junho de 2010
Martina Navratilova
Já referi, que na minha juventude, não gostava muito da Navratilova. Penso que se devia ao facto de me identificar com 2 campeãs que lhe eram rivais: a Hana Mandlikova e a Steffi Graf. No fundo ela era o meu "patinho feio" no ténis feminino. Não deixa, no entanto, de ser um exemplo para todos. Uma grande campeã com um palmarés invejável.
Ela tinha uma estrutura física que fazia lembrar um homem, tal era a sua musculatura. Para mim era o suficiente para a julgar e criar um monstro na minha cabeça. Como ela vinha dos países de leste onde se suspeitava o uso de "doping" nos desportos, via como o fruto desta perfídia e juntei-a neste leque. Óbvio que eram apenas suspeitas e não estou aqui para provar nada, nem para julgar quem quer que seja. No entanto, a utilização do físico treinado, puxado ao extremo era de tal forma que as atletas de velocidade, sobretudo, um pouco como hoje ao nível muscular é verdade, eram muito masculinas, mas, aqui elas conseguiam resultados que ainda perduram hoje.
Tenho aqui um exemplo de uma corredora de velocidade que me deixou abismada na altura, quando as nações de leste ainda dominavam no atletismo.
Depois, desta minha relutância em aceitá-la, por este ou por outro motivo, soube que ela era uma jogadora que no seu início tinha peso a mais. Ela teve de trabalhar arduamente para conseguir chegar ao máximo do "fitness" e penso que ela foi pioneira na ligação do físico trabalhado, para conseguir bons resultados no ténis. É provável que alterou o ténis feminino, que passou a ser mais atlético depois dela.
Os seu jogo era muito ofensivo, um pouco a imagem de Mc Enroe, os dois são esquerdinos e gostam de acabar o ponto na rede. Ela é a detentora dos recordes absolutos de vitórias tanto em singulares como em pares. Não gostava dela é verdade na altura, mas, como a sua presença no circuito profissional durou e dura ainda hoje, dá para entender que o ténis é realmente a sua grande paixão. É uma atleta inegualavél, eu gostava de a conhecer e dizer-lhe que estou rendida e que lhe devo as minhas desculpas por não a apreciar quando estava no auge, nos anos 80.
Ao contrário de Evert eu acho que Martina foi uma jogadora mais emocional, jogando com os sentidos e a antecipação em cada jogada , e claro com um físico trabalhado e um talento incrível.
Os seus resultados são extraordinários:
18 torneios do Grand-Slam, o recorde de vitórias em torneios em singulares e em pares.
As suas vitórias em grand-slam´s foram:
Australian Open: Ganha 3 vezes em 1981, 1983 e 1985.
Roland Garros: Ganha 2 vezes em 1982 e 1984
Wimbledon: Ganha 9 vezes em 1978, 1979, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987 e em 1990.
U-S Open: Ganha 4 vezes em 1983, 1984, 1986 e 1987.
Posso dizer que, agora vejo-a como uma deusa grega do ténis, uma lenda viva...
Uma palavra de apoio pelo momento difícil que ela vive.
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